Modelo de receita: o que você precisa saber a respeito [2024]

Em um mundo onde os negócios digitais vêm ganhando cada vez mais espaço e há uma constante evolução do mercado, saber implementar um modelo de receita eficaz se tornou essencial para o sucesso de uma empresa. Por isso, é importante dar destaque a esse modelo e conhecer as suas principais especificidades.

Desde empresas tradicionais até startups inovadoras, a escolha do modelo correto pode ser o principal motivador para tirar uma empresa da estagnação. Neste artigo, encontre os principais detalhes acerca do assunto e saiba quais são os principais modelos existentes para escolher o que melhor se enquadra no seu modelo de negócios.

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O que é modelo de receita?

Um modelo de receita, que também pode ser conhecido como modelo de negócios ou modelo de monetização, é uma estrutura responsável por descrever como uma empresa consegue gerar receita a partir de seus produtos ou serviços disponíveis no mercado. Explicando de outra forma, é a maneira pela qual uma empresa transforma recursos e atividades em dinheiro.

Atualmente, no mercado existem diversos tipos de modelos de receita, sendo a sua escolha correta um verdadeiro divisor de águas quando falamos a respeito do sucesso de um negócio. Sendo assim, os resultados desempenhados pela equipe de vendas influenciam, também, na receita.

A escolha do modelo de receita irá depender, exclusivamente, do seu tipo de negócio, de qual é o seu mercado-alvo, de qual é a proposta de valor oferecida e de muitos outros fatores. Várias empresas acabam adotando modelos híbridos, combinando diferentes abordagens para maximizar a sua receita.

Por que definir seu modelo de receita?

Definir um modelo de receita é fundamental para garantir o sucesso de um negócio por uma série de razões. A principal delas é que há uma definição de como a empresa poderá ganhar dinheiro. Ter um modelo claro e eficaz é essencial para garantir uma fonte consistente e sustentável de receita ao longo do tempo.

Além disso, também é importante para a tomada de decisões estratégicas, onde o modelo orienta as decisões estratégicas da empresa. É por meio dele que se pode determinar onde alocar os principais recursos, quais áreas precisam ser priorizadas e quais as formas mais viáveis e vantajosas de expandir o negócio.

Os investidores também estão interessados em entender como uma empresa planeja gerar receita e lucro. Ter um modelo como esse, bem definido, aumenta a confiança dos investidores e pode ajudar a facilitar a captação de recursos financeiros, impedindo que haja interferências no ciclo de vendas.

Também há outras vantagens, como:

• Eficiência operacional;
• Personalização para o mercado-alvo;
• Competitividade;
• Flexibilidade e adaptação;
• Compreensão do valor para o cliente.

De forma resumida, definir um modelo de receita proporciona maior clareza, direção estratégica e uma base sólida para o desenvolvimento e crescimento sustentável de uma empresa.

10 exemplos de modelo de receita mais comuns

Entenda, um pouco melhor, quais são os modelos mais comuns encontrados pelo mercado e como cada um deles funciona.

1. Modelo de receita com base em anúncios

O modelo de receita baseado em anúncios nada mais é do que um método em que uma empresa gera receita por meio da exibição de anúncios para seus usuários ou para a sua audiência. Esse modelo é muito comum em plataformas online, como motores de busca, redes sociais, sites de conteúdo e aplicativos móveis.

Dentre suas principais características, temos:

1. Exibição de anúncios: a empresa permite que anunciantes coloquem anúncios em sua plataforma. Esses anúncios podem ser exibidos de várias maneiras, como banners, vídeos, links patrocinados em resultados de busca e semelhantes;
2. CPC (Custo por Clique): neste modelo, os anunciantes pagam à plataforma cada vez que um usuário clica em seu anúncio;
3. CPM (Custo por Mil Impressões): aqui, os anunciantes pagam uma taxa para que os seus anúncios sejam exibidos mil vezes, independentemente de quantos cliques recebem;
4. CPA (Custo por Aquisição): os anunciantes pagam com base em ações específicas realizadas pelos usuários após clicar no anúncio, como fazer uma compra, preencher um formulário ou realizar outra conversão desejada.

Este modelo é especialmente popular em serviços online gratuitos, onde os usuários não pagam diretamente pelo acesso ao conteúdo ou serviço, mas o custo é subsidiado pelos anunciantes.

2. Modelo baseado em rede de afiliados 

Para este tipo de modelo de receita, é necessário uma visão de negócios. Afinal, quando é baseado em rede de afiliados, a empresa precisa compensar afiliados por direcionarem tráfego ou clientes para a sua empresa. Essa abordagem é comumente utilizada em marketing de afiliados, onde eles promovem produtos ou serviços de uma empresa e recebem uma comissão por cada ação bem-sucedida que geram.

Dentre as suas características, temos:

1. Parcerias com afiliados: a empresa estabelece parcerias com afiliados, que podem ser indivíduos, blogueiros, influenciadores, proprietários de sites ou outras empresas;
2. Links de rastreamento: cada afiliado recebe links de rastreamento exclusivos que acompanham as atividades e conversões geradas por meio de suas promoções;
3. Comissões por ação: os afiliados são normalmente compensados por ações específicas que os usuários realizam após clicar no link de afiliado.

Em geral, este modelo de receita conta com o marketing de afiliados, que é uma estratégia muito eficaz para as empresas que desejam expandir a sua presença online e aumentar as vendas por meio de parceiros externos.

3. Modelo transacional

O modelo transacional faz referência a um método de geração de receita em que uma empresa pode obter renda por meio da venda de produtos ou serviços em uma base individual ou por transação específica. Esse modelo é comum em muitos setores, tendo uma abordagem bastante direta, que favorece o time de vendas.

São suas principais características:

1. Venda de produtos ou serviços: a receita é gerada pela venda de produtos físicos, digitais ou serviços. Cada transação individual contribui para a receita total da empresa;
2. Preços unitários: os produtos ou serviços possuem um preço fixo por unidade, e os clientes pagam esse valor por cada compra realizada;
3. Variedade de setores: o modelo de receita transacional é amplamente utilizado em vários setores, desde o varejo tradicional até negócios online, como comércio eletrônico, aplicativos de compra e empresas de software.

Este modelo é muito simples e direto, mas requer uma execução eficaz e estratégias de marketing sólidas a fim de atrair clientes e mantê-los voltados para futuras transações.

4. Modelo baseado em assinaturas de vendas via internet

O modelo de receita com base em assinaturas de vendas via internet é uma estratégia em que os clientes pagam regularmente uma taxa recorrente para ter acesso contínuo a produtos ou serviços oferecidos online. Esse modelo é frequentemente associado a negócios digitais, serviços de streaming, software como serviço e outras ofertas online.

Dentre as principais características do modelo de receita, temos:

1. Acesso contínuo: os clientes pagam uma taxa regular, geralmente mensal ou anual, a fim de manter o acesso contínuo a um produto ou serviço específico;
2. Diversos setores: esse modelo é comum em diversos setores, como streaming de vídeo, música, software, educação online, notícias e outros;
3. Valor contínuo: a empresa precisa fornecer valor contínuo aos seus assinantes para manter a retenção.

O modelo de assinaturas de vendas via internet oferece uma fonte de receita estável e previsível, desde que a empresa consiga manter a satisfação dos assinantes e continuar a entregar valor ao longo do tempo.

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5. Modelo de receita baseado nas vendas diretas

O modelo de receita de vendas diretas é uma abordagem de distribuição onde os produtos ou serviços são vendidos diretamente aos consumidores, frequentemente fora de uma loja física tradicional. Esse modelo elimina intermediários e envolve interações diretas entre vendedores e consumidores.

Suas principais características são:

1. Interações pessoa a pessoa: a característica central das vendas diretas é a interação pessoal entre o vendedor e o consumidor;
2. Variedade de produtos e serviços: o modelo de vendas diretas é utilizado em uma ampla variedade de setores, incluindo cosméticos, produtos de cuidados pessoais, utensílios domésticos, suplementos nutricionais e, até mesmo, em serviços como seguros e telecomunicações;
3. Força de vendas independente: muitas empresas que adotam o modelo de vendas diretas têm uma força de vendas composta por representantes independentes ou consultores.

Neste modelo de receita pautado nas vendas diretas, busca-se entender a dor do cliente, tendo em vista que a venda é realizada de forma direta, cara a cara. Ele é especificamente eficaz para produtos ou serviços que se beneficiam de uma abordagem mais personalizada e onde o relacionamento pessoal desempenha uma grande importância.

6. Modelo de canal de vendas

O modelo de receita de canal de vendas, também conhecido como vendas indiretas, refere-se a uma estratégia de distribuição onde uma empresa vende seus produtos ou serviços por meio de intermediários ou canais de venda. Esses intermediários podem incluir revendedores, distribuidores, atacadistas, agentes, representantes comerciais e semelhantes.

Dentre os seus destaques, temos:

1. Intermediários: os intermediários desempenham um papel indispensável nesse modelo, atuando como pontes entre a empresa e os clientes finais;
2. Ampla variedade de produtos: o modelo de vendas é aplicado em uma ampla variedade de setores, abrangendo desde eletrônicos e bens de consumo até produtos industriais e serviços;
3. Aumento da cobertura geográfica: utilizando intermediários, as empresas podem expandir a sua cobertura geográfica de maneira eficiente, alcançando mercados que podem ser difíceis de atingir diretamente.

O modelo de receita em questão é uma estratégia eficaz para empresas que desejam expandir a sua presença de mercado, aproveitar o conhecimento local e alcançar um público mais amplo por meio de parcerias com intermediários.

7. Modelo de vendas no varejo

O modelo de vendas no varejo faz referência à estratégia de distribuição e venda de produtos diretamente aos consumidores finais em ambientes de varejo. Esses ambientes podem incluir lojas físicas, lojas online, supermercados, shoppings e semelhantes.

Confira suas principais características:

1. Lojas físicas e online: as vendas no varejo podem ocorrer em lojas físicas, onde os consumidores visitam um local físico para comprar produtos, ou online, onde as transações são realizadas por meio de plataformas digitais;
2. Ampla variedade de produtos: o modelo de receita em questão abrange uma ampla variedade de produtos, desde bens de consumo diário até produtos de moda, eletrônicos e móveis;
3. Experiência do cliente: o foco no varejo, muitas vezes, inclui proporcionar uma experiência de compra positiva para os clientes.

Este modelo é dinâmico e também visa abranger as necessidades do cliente, evoluindo à medida que as tendências de consumo e as tecnologias mudam. Empresas bem-sucedidas no varejo geralmente se adaptam rapidamente às mudanças no mercado e mantêm um foco constante na satisfação do cliente.

8. Modelo onde o produto é gratuito, mas os serviços não são

O modelo de receita em que o produto é gratuito, mas os seus serviços associados a esse produto são pagos é conhecido como um modelo “freemium”, semelhante ao que será falado posteriormente. No entanto, a diferença é que ele exige que os usuários paguem alguma taxa para usufruir das funcionalidades do produto, mesmo que tenha sido adquirido gratuitamente.

Dentre suas características, temos:

1. Produto básico gratuito: a empresa oferece um produto básico ou uma versão simplificada de seu produto de forma gratuita para os usuários;
2. Monetização por serviços: a receita da empresa é gerada principalmente por meio da venda desses serviços, no lugar de depender exclusivamente da venda do produto principal;
3. Aquisição de clientes e retenção: oferecer um produto gratuito ajuda na aquisição de clientes, pois elimina as barreiras financeiras iniciais.

Neste modelo, os prospects passam pela execução de uma estratégia que busca equilibrar a aquisição de usuários, a entrega de valor e a geração de receita por meio de serviços adicionais, gerando um modelo de receita único e cada vez mais popular.

9. Modelo de vendas baseado em assinaturas

É importante realizar um mapeamento de mercado neste modelo de receita, tendo em vista que há muita competitividade no mercado. No modelo de vendas baseado em assinaturas, a abordagem tradicional é deixada de lado, visando abraçar a continuidade e previsibilidade financeira proporcionada por assinaturas recorrentes.

Suas principais características são:

1. Receita recorrente: a característica central é a obtenção de receita de forma regular e previsível, uma vez que os clientes pagam uma taxa recorrente em intervalos específicos, como mensal ou anual;
2. Fidelização do cliente: o foco está na construção de relacionamentos a longo prazo com os clientes;
3. Conveniência e acesso contínuo: os clientes valorizam a conveniência de acesso constante a produtos ou serviços sem a necessidade de fazer compras repetidas.

Essas características combinadas fazem do modelo baseado em assinaturas uma abordagem atrativa para empresas que buscam estabilidade financeira.

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10. Modelo de receita Freemium

Por fim, temos o modelo de receita Freemium, onde há uma estratégica onde um produto ou serviço básico é oferecido de forma totalmente gratuita, enquanto funcionalidades premium ou recursos adicionais são disponibilizados mediante o pagamento de uma taxa.

Dentre suas características, temos:

1. Oferta gratuita básica: a empresa oferece uma versão básica ou limitada do seu produto ou serviço de forma inteiramente gratuita;
2. Funcionalidades premium pagas: além da versão gratuita, são oferecidas funcionalidades avançadas, recursos adicionais ou serviços premium mediante um pagamento;
3. Modelo de conversão: o objetivo principal é converter usuários gratuitos em clientes pagantes, incentivando-os a optar pelos recursos premium após experimentarem e se beneficiarem da versão gratuita.

O modelo Freemium é eficaz para empresas que desejam construir rapidamente uma base de usuários, incentivar a experimentação do produto e converter usuários engajados em clientes pagantes.

Entendendo bem sobre o universo do modelo de receita, fica claro que compreender as nuances financeiras de um negócio é fundamental para a sua prosperidade. Cada modelo apresenta vantagens e desafios singulares, e a escolha certa dependerá da natureza do seu produto ou serviço, do público-alvo e do cenário competitivo.